Neurolis-Clínica de Neurologia e Neurofisiologia Lda, Medicina do Sono

 
 
 
 

Estudos do Sono

 
O Sono é um fenómeno cíclico, caracterizado pela alteração reversível do estado de consciência e da reactividade a estímulos ambientais, essencial à vida e ao equilíbrio físico e mental do ser humano. O seu controlo parece residir na região ventral-anterior do hipotálamo, mais especificamente no núcleo supraquiasmático, visto que lesões deste núcleo resultam numa desorganização dos ciclos sono/vigília, actividade/repouso, temperatura e alimentação.

A função do sono tem sido objecto de diversas teorias, que lhe atribuíam importância sobre a restituição corporal, a facilitação da função motora, a consolidação da memória e aprendizagem, não havendo no entanto um consenso global. Nos dias de hoje, a ideia de que o sono permite a renovação das energias física e mental, embora simplista, parece ser ainda a mais adequada.

Os registos poligráficos de sono são o meio complementar mais importante na avaliação e estudo das diversas fases do sono e na detecção de alterações da sua estrutura. A sua realização compreende um electroencefalograma, embora com menor número de canais, electro-oculograma, electrocardiograma, electromiograma, eléctrodo respiração nasal, eléctrodo respiração torácica, oxímetro, detector de movimentos e posição. Estes exames podem ser realizados em laboratório e, actualmente, também em casa do doente, o que se torna mais fisiológico e cómodo.
São inúmeras as situações que determinam uma perturbação do sono, sendo que a sua abordagem diagnóstica e terapêutica é geralmente multidisciplinar, envolvendo muitas especialidades.
 
 
 
 
O sono normal consiste em dois estados principais, mas com mecanismos fisiológicos distintos:
  • o sono lento, também denominado como sono NREM, sincronizado, tranquilo ou sossegado, caracterizado por um EEG em que predominam as frequências baixas, e apresentando características específicas que conduziram à sua subdivisão por fases;
  • o sono paradoxal, por vezes designado como sono REM (devido à existência de movimentos rápidos dos olhos), dessincronizado ou rápido, apresentando um EEG com pequena amplitude, sem uma frequência dominante. Este estado é ainda denominado de sono onírico ou activo, pelo aparecimento frequente de sonhos vividos com menor ou maior intensidade.
 
 
 
A classificação das fases de sono actualmente mais utilizada é a publicada pela Academia Americana de Medicina do Sono (American Academy of Sleep Medicine – AASM) em 2007, substituindo várias, incluindo a clássica de Rechtschaffen e Kales, que data de 1968. As fases são actualmente definidas como:
  • vigilia - fase W
  • três fases de sono lento – N1, N2 e N3, correspondendo este ao sono lento profundo (SWS – slow wave sleep)
  • sono REM - fase R
 
 
 
 
 
 

Medicina Perturbações mais frequentes do Sono

 
 

Insónia

 
É a perturbação mais frequente do sono, sendo rara a pessoa que não a tenha sentido em alguma fase da vida. É muitas vezes devida a stress, fármacos e depressão, mais remotamente a lesões do hipotálamo ou do tronco cerebral.
 
 
 

Narcolepsia/Cataplexia

 
Caracterizada por sonolência diurna excessiva, quedas por adormecimento brusco, paralisia do sono e alucinações hipnagógicas.
 
 
 
 
 

Roncopatia

 
O ressonar é o ruído provocado pela passagem do ar nas vias respiratórias obstruídas, durante o sono. As causas mais frequentes relacionam-se com um excessivo desenvolvimento da úvula (“campainha”) e do véu do palato, bem como a obesidade. Trata-se de uma situação que pode atingir cerca de 30% da população adulta, sobretudo do sexo masculino e a partir dos 40 anos. Na grande maioria dos casos, o ressonar apresenta-se isolado, tornando-se uma causa de incómodo familiar e pessoal. No entanto, em cerca de 5% dos doentes este pode associar-se a pausas respiratórias durante o sono, constituindo um sintoma de apneia do sono.
 
 
 

Apneia do Sono

 
É uma situação que se caracteriza por pausas periódicas e frequentes da respiração durante o sono (superiores a 10 segundos), ressonar intenso, dores de cabeça matinais, hipertensão arterial, sonolência diurna excessiva, irritabilidade e perda de interesse sexual. Estas alterações provocam uma fragmentação do sono durante a noite, diminuindo a sua qualidade. Existem dois tipos de apneia: A apneia obstrutiva, que se relaciona com a obstrução à circulação do ar nas vias respiratórias; e a apneia central, na qual se dá uma redução do estímulo cerebral que controla a respiração.
 
 
 
 
 
 

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