O diagnóstico de uma Epilepsia é fundamentalmente clínico e os meios complementares habitualmente utilizados, como sejam o EEG, a ressonância magnética (RMN CE) ou a tomografia computorizada (TC CE), servem para uma melhor caracterização da situação e avaliação da sua etiologia. As crises epilépticas, como indica o seu nome, têm em comum uma característica especial, que é o seu aspecto crítico: início e final bruscos, curta duração - poucos minutos ou segundos. São igualmente estereotipadas em cada doente. As crises de longa duração, superiores a 15-20 minutos, não são geralmente de origem epiléptica.
Há ainda que ter em conta que a sintomatologia pode ser extremamente variada, desde a clássica convulsão tónico-clónica até alterações da consciência, breves e pouco evidentes, passando ainda por diversos fenómenos sensoriais, como sejam alterações visuais, gustativas ou olfactivas. No entanto, as queixas frequentemente referidas pelos pais de crianças em idade escolar de que estas se ...
Leia maisO diagnóstico de uma Epilepsia é fundamentalmente clínico e os meios complementares habitualmente utilizados, como sejam o EEG, a ressonância magnética (RMN CE) ou a tomografia computorizada (TC CE), servem para uma melhor caracterização da situação e avaliação da sua etiologia. As crises epilépticas, como indica o seu nome, têm em comum uma característica especial, que é o seu aspecto crítico: início e final bruscos, curta duração - poucos minutos ou segundos. São igualmente estereotipadas em cada doente. As crises de longa duração, superiores a 15-20 minutos, não são geralmente de origem epiléptica.
Há ainda que ter em conta que a sintomatologia pode ser extremamente variada, desde a clássica convulsão tónico-clónica até alterações da consciência, breves e pouco evidentes, passando ainda por diversos fenómenos sensoriais, como sejam alterações visuais, gustativas ou olfactivas. No entanto, as queixas frequentemente referidas pelos pais de crianças em idade escolar de que estas se apresentam irrequietas, distraídas ou com mau aproveitamento escolar, não correspondem na grande maioria das vezes a crises epilépticas.
Habitualmente faz-se uma divisão dos quadros de epilepsia em epilepsias generalizadas (quando as alterações apresentadas são logo de início generalizadas aos 2 hemisférios cerebrais) e epilepsias parciais (se essas alterações são apenas numa região particular do cérebro).
Em relação às crises generalizadas, as mais frequentemente encontradas são as convulsões tónico-clónicas (que se caracterizam pela contracção tónica dos músculos dos 4 membros, pela perda súbita de conhecimento, depois abalos clónicos, por vezes mordedura de língua e emissão de urina) e as ausências, durante as quais o doente fica parado, apresentando por vezes alguns movimentos discretos dos lábios ou das pálpebras, com recuperação muito rápida. Estas últimas podem ser muito frequentes, por vezes mais de 20-30 por dia.